Ariane Leite e Miriam Lima
Imagem.Doc
Quais elementos da comunicação não verbal que todo médico deve dominar? Antes de tudo, saiba que essa forma de expressão é como um idioma universal, transmite mensagens sobre sua imagem pessoal e profissional. Por isso, impacta significativamente a percepção que pacientes, colegas e sua equipe têm de você.
Com toda certeza, a comunicação não verbal bem trabalhada é essencial para seu sucesso profissional. Além de melhorar a satisfação, fidelização e retenção de pacientes, reforça sua imagem e excelência profissional.
Na era digital, onde a presença online é estratégica e, portanto, obrigatória, a comunicação não verbal assume papel fundamental. Especialmente para médicos que precisam construir uma imagem positiva, forte e confiável em redes como o Instagram.
- Portanto, dominar a comunicação não verbal é uma habilidade essencial para você, médico, se conectar com os pacientes de forma autêntica e eficaz no online e no offline.
Elementos-chave da comunicação não verbal
Antes de mais nada, saiba que a comunicação não verbal, além da aparência, vestuário e cuidados pessoais, inclui outra parte muito importante para uma boa imagem pessoal – gestos, postura, linguagem corporal e expressões faciais.
Sendo assim, o que você fala, o seu conteúdo, deve estar em consonância com sua comunicação não verbal para transmitir clareza, coerência e consistência. Esses são os “3Cs” de uma imagem estratégica e intencional para a construção de uma marca pessoal memorável e de alto valor.
A expressão do rosto e a linguagem corporal podem afetar o nível de conforto e confiança do seu paciente
Linguagem corporal, gestos e comunicação não verbal
A linguagem corporal e os gestos são elementos da comunicação não verbal, que podem influenciar diretamente a percepção da sua imagem pessoal. Uma postura ereta e confiante transmite autoridade e segurança, enquanto gestos excessivos ou descontrolados podem sugerir nervosismo ou falta de confiança.
- Braços cruzados – Podem comunicar tanto autoridade, quanto distanciamento. Por exemplo, durante uma reunião com funcionários do consultório ou clínica, braços cruzados podem indicar confiança e autoridade. No entanto, em uma situação de interação com o paciente, podem comunicar distanciamento, especialmente quando você mantém os braços cruzados com rigidez.
- Movimentos de expansão – Movimentos de expansão, como manter os braços abertos e ocupar um espaço físico maior, podem comunicar confiança, autoridade e domínio do ambiente.
- Movimento de contenção ou encolhimento – Ao encolher os ombros, manter os braços próximos ao corpo e evitar contato visual você pode comunicar nervosismo, insegurança e timidez.
- Inclinação para frente – Inclinar-se para frente pode indicar interesse, envolvimento e empatia. Ou seja, o médico que se inclina para frente durante uma consulta vai transmitir interesse genuíno pelo paciente e disposição para escutar e ajudar.
Braços cruzados tanto podem indicar autoridade, quanto distanciamento, e combinados à expressão facial transmitem mensagens diferentes
A “linguagem” dos gestos
- Gestos abertos e fluidos – Indicam naturalidade, confiança e entusiasmo. Compare com gestos bruscos, rígidos ou repetitivos, que podem transmitir nervosismo, ansiedade ou até mesmo agressividade.
- Gestos que complementam a fala – Reforçam a mensagem verbal e demonstram engajamento. Compare com a ausência de gestos, que pode parecer apatia ou falta de interesse.
- Sincronia entre gestos e fala – Demonstra autenticidade e congruência entre a comunicação verbal e não verbal. Observe, por exemplo, gestos que divergem do que está sendo dito, o que pode gerar desconfiança ou confusão.
Posicionar-se com a mão no queixo pode comunicar desinteresse, atenção ou acolhimento
Movimento e posição das mãos
- Interesse e atenção – Mãos abertas e relaxadas, com as palmas voltadas para cima, podem demonstrar interesse, receptividade e atenção. Manter as mãos abertas enquanto você ouve um paciente transmite uma postura receptiva e acolhedora.
- Desinteresse – Por outro lado, mãos cruzadas na frente do corpo ou nos bolsos podem comunicar desinteresse, fechamento ou falta de engajamento.
- Mão no queixo – Pode indicar pensamento, reflexão ou concentração. Por exemplo, um médico que coloca a mão no queixo enquanto escuta um paciente pode estar refletindo sobre as informações recebidas ou pensando em possíveis diagnósticos. Porém pode comunicar ceticismo e desinteresse: expressão facial atenta e contato visual são importantes nesse contexto.
FIQUE ALERTA, DOC
- O aceno de cabeça mostra que você está ouvindo seu paciente, enquanto o “olho no olho”, o contato visual, indica que você está realmente interessado.
- Esconder as mãos e pernas inquietas deixam o interlocutor confuso sobre o que você, doutor, está comunicando.
- A forma como você cruza os braços pode fazer o paciente sentir que você não está genuinamente escutando. Ou que você não está aberto ao diálogo.
Um sorriso genuíno cria uma atmosfera positiva e amigável e também reflete confiança e empatia
Expressões e mímicas faciais
As expressões faciais são uma das formas mais poderosas de comunicação não verbal. É importante que você, doc, esteja atento, pois as expressões do seu rosto podem afetar o nível de conforto e confiança do seu paciente.
- Sorriso genuíno – Pode transmitir empatia e conforto aos pacientes, enquanto uma expressão facial séria pode indicar concentração e seriedade.
- Sobrancelhas arqueadas – Indicam surpresa, interesse ou questionamento. Compare com sobrancelhas franzidas, que podem transmitir desaprovação, raiva ou confusão.
- Testa franzida – Pode indicar preocupação, confusão ou concentração intensa. Quando você, médico, franze a testa ao ouvir os sintomas de um paciente pode demonstrar sua atenção e esforço para entendê-lo.
Contato visual e distância pessoal
O contato visual e a distância pessoal são também aspectos cruciais da comunicação não verbal, que influenciam a qualidade da sua interação com o paciente. Um contato visual adequado demonstra interesse e atenção, enquanto uma distância pessoal adequada garante conforto e respeito ao espaço de seu interlocutor.
Pratique o equilíbrio entre o contato visual e a distância pessoal para estabelecer conexões genuínas e fortalecer a relação médico-paciente.
- Contato visual direto e frequente – Transmite interesse, atenção e confiança. Compare com evitar o contato visual, que pode indicar desinteresse, timidez, falta de confiança.
- Piscar os olhos com naturalidade – Demonstra relaxamento e receptividade. Compare com piscar excessivamente, que pode comunicar nervosismo, ansiedade ou falta de atenção.
- Manter o foco no paciente – Demonstra respeito e individualização da consulta. Compare com desviar o olhar para outros objetos ou pessoas, o que pode parecer desatenção ou desinteresse.
O contato visual é poderoso: olhar nos olhos de alguém demonstra interesse, sinceridade e conexão
Atenção ao tom de sua voz
O tom de voz é um aspecto importante da comunicação não verbal, que pode transmitir emoções e intenções. Um tom de voz calmo e suave pode transmitir conforto e tranquilidade, enquanto um tom de voz alto ou agressivo pode gerar desconforto e ansiedade.
Alinhar a comunicação verbal com a não verbal é essencial para garantir uma comunicação eficaz e estabelecer uma conexão autêntica com os pacientes.
- Ao prestar atenção à sua própria linguagem corporal e ajustá-la para refletir suas palavras e intenções, você, doc, pode melhorar significativamente sua comunicação. E assim oferecer uma jornada que vai ajudar a fidelizar e reter o paciente.
Recomendação Imagem.Doc
Faça uso do rapport, que significa “trazer de volta” ou “criar uma relação” e refere-se ao espelhamento
- Quando você está presencialmente com o paciente, tente repetir atitudes e gestos dele.
- Se o paciente se posiciona em atitude positiva faça o mesmo.
- Adote também o mesmo tom de voz e fale no mesmo ritmo.
- Assim você estabelece um diálogo amistoso e cria conexão.
- Por telefone, e-mail ou WhatsApp você também podem praticar o espelhamento, adotando a linguagem coloquial do paciente e até mandando um emoji, caso ele envie um.
Nós te ensinamos a dominar sua comunicação não verbal
Algumas pessoas têm uma linguagem corporal inata e naturalmente alinhada, facilitando a comunicação e a conexão com o paciente. Se esse não for o seu caso, doc, saiba que essas habilidades podem ser aprendidas e desenvolvidas.
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