Como a comunicação eficaz ajuda a atrair, reter e fidelizar pacientes?

Ariane Leite e Miriam Lima
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Como a comunicação eficaz ajuda a atrair, reter e fidelizar pacientes? No mundo competitivo da saúde, a forma como o médico se comunica pode determinar seu sucesso e o diferenciar da concorrência. Isso inclui  uma comunicação verbal eficaz, falada e escrita, seja em consultas, redes sociais ou outros pontos de contato com os clientes.

Assim sendo, a comunicação verbal é a principal via de interação direta com os pacientes. Cada palavra dita durante uma consulta pode influenciar a percepção do paciente sobre você, médico.

Portanto ao comunicar-se de forma estratégica, eficiente e clara, você, doutor (a),demonstra autoridade, credibilidade e acessibilidade, criando conexões genuínas com seus pacientes.

A comunicação eficaz é vital para o médico que deseja se destacar pela excelência do atendimento. Ela não só melhora a experiência do paciente, mas também fortalece sua reputação e credibilidade.

 

• Em primeiro lugar, use uma linguagem clara e acessível é crucial para garantir que o paciente entenda seu diagnóstico e plano de tratamento.
• Além disso, a comunicação escrita, como e-mails, mensagens e postagens nas redes sociais, reforça a confiança e mantém o paciente informado e engajado.
• Fique atento, doutor (a): Conhecer e dominar a “netiqueta” fortalece a comunicação eficaz.

 

 

O que dizer, como, quando e para quem

O conteúdo da comunicação médica eficaz deve ser bem pensado. Dizer a coisa certa, da maneira certa, no momento certo e para a pessoa certa pode fazer toda a diferença. Um diagnóstico delicado, por exemplo, deve ser comunicado com empatia e clareza, em um ambiente privado e tranquilo. Já informações gerais sobre saúde podem ser compartilhadas amplamente, desde que sejam precisas e de fácil compreensão.

Autoridade e credibilidade

Um médico que comunica autoridade e credibilidade tende a ser mais respeitado e procurado. Por isso é essencial compartilhar informações baseadas em evidências e manter-se atualizado sobre as últimas pesquisas e avanços médicos. Participar de congressos, publicar artigos científicos e colaborar com outros profissionais também fortalecem a imagem de autoridade no seu campo.

Acessibilidade e conexão

Ser acessível não significa estar disponível 24 horas por dia, mas oferecer canais de comunicação eficientes e responder prontamente às dúvidas dos pacientes. Como resultado, a comunicação eficaz é também humanizada, levando em conta as preocupações e necessidades dos pacientes, ajuda a criar uma conexão mais forte e duradoura.

• Pequenos gestos, como lembrar-se do nome do paciente ou detalhes pessoais, podem fazer uma grande diferença na percepção de cuidado e no todo da comunicação.

 

A importância das redes sociais na comunicação eficaz

As redes sociais são plataformas inestimáveis para os médicos se conectarem com um público mais amplo. Postagens informativas, vídeos educacionais e artigos sobre saúde podem atrair novos pacientes e manter os atuais informados.

Nesse contexto é fundamental que você, doutor (a), use uma linguagem acessível e evite termos excessivamente técnicos. Ou seja, interagir com seguidores, respondendo perguntas e comentários, também cria uma sensação de proximidade e acessibilidade.

 

Discursos verbais, dicção e imagem profissional

O modo como você, médico, se comunica verbalmente pode impactar significativamente sua reputação. Sendo assim, fale de maneira clara, pausada e com segurança, transmitindo confiança. E atenção,  evite gírias e mantenha um tom respeitoso.

A dicção, ou seja, a clareza na pronúncia das palavras, é fundamental para que o paciente compreenda perfeitamente as informações que você transmite. Afinal, uma boa dicção evita mal-entendidos e demonstra profissionalismo.

• A linguagem corporal também é importante: manter contato visual, sorrir e usar gestos que demonstrem atenção e empatia fortalecem a mensagem transmitida.

 

9 recomendações para uma comunicação eficaz, estratégica  e eficiente

1. Use uma linguagem simples e clara: Evite jargões médicos que o paciente possa não entender.
2. Seja empático: Mostre que você se importa com as preocupações do paciente.
3. Mantenha-se atualizado: Compartilhe informações baseadas em evidências.
4. Responda prontamente: Não deixe perguntas ou mensagens sem resposta por muito tempo.
5. Personalize a comunicação: Use o nome do paciente e lembre-se de detalhes pessoais relevantes.
6. Seja consistente: Mantenha a mesma mensagem em todas as plataformas de comunicação.
7. Ouça atentamente: Preste atenção nas preocupações e feedback dos pacientes.
8. Mantenha uma presença ativa nas redes sociais: Compartilhe conteúdos relevantes e interaja com seus seguidores.
   Seja claro e direto: Vá direto ao ponto, evitando rodeios.
9. Invista em treinamento de comunicação: Melhore continuamente suas habilidades de comunicação verbal e escrita.

 

 

Importância da escuta na comunicação com o paciente

Escutar o paciente é também um aspecto importante da comunicação. Afinal, comunicar-se é também relacionar-se com o outro.

Nesse sentido, escuta ativa é mais do que apenas ouvir as palavras do paciente. É uma habilidade essencial para a comunicação eficaz, queenvolve prestar atenção total, demonstrar interesse genuíno e compreender as necessidades, preocupações e sentimentos do paciente em um nível mais profundo.

• Utilize expressões faciais e linguagem corporal que demonstrem interesse.
• Repita o que o paciente disse para confirmar que entendeu.
• Mostre compreensão e acolhimento, mesmo diante de emoções difíceis do paciente.
• Evite julgamentos ou críticas, focando em apoiar e auxiliar o paciente.
• Vá além das informações básicas, buscando entender as motivações e preocupações do paciente.
• Faça perguntas abertas que incentivem o paciente a se expressar livremente.
• Preste atenção à linguagem verbal e não verbal do paciente.

 

“A boa comunicação é chave para cultivarmos relacionamentos duradouros e saudáveis, para estabelecermos uma rede de apoio que é fundamental em todos os momentos da vida” (Forbes Brasil, Arthur Guerra, médico, professor da USP)