Ariane Leite e Miriam Lima
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Como as novas regras da Publicidade Médica do CFM impactam sua carreira? O CFM acabou com várias proibições e agora você, doc, tem mais liberdade para divulgar seu trabalho e atrair novos pacientes. Neste artigo, mostramos como se adequar às diretrizes para uma presença digital forte e estratégica.
A Resolução 2.336 do Conselho Federal de Medicina, que já está em vigor, tem mudanças que impactam sua carreira, sua presença nas redes sociais, sua publicidade médica e sua comunicação digital. Essas alterações estabelecem um novo tempo ao permitir regras claras para publicidade, marketing e posicionamento digital.
Um posicionamento digital estratégico, em consonância com a regulamentação estabelecida pelo CFM, dá ao médico (a) condições de construir uma relação de confiança com o público nas redes sociais. Ou seja, a presença digital deve ser vista como uma importante ferramenta de comunicação para ter mais visibilidade, captar novos pacientes, mostrar excelência, inovação e trajetória profissional.
Afinal, o mundo mudou, assim como a comunicação! O “Relatório Global Digital 2024”, da Datareportal, lançado em janeiro, revelou, por exemplo, que 144 milhões de pessoas no Brasil tinham contas em redes e mídias sociais. Isso corresponde a 66,3% da nossa população total, estimada no estudo em 217 milhões de pessoas.
O brasileiro nas redes sociais
- Youtube – 144 milhões de usuários
- Instagram – 134,6 milhões de usuários
- Facebook – 111,3 milhões de usuários
- TikTok – 98,59 milhões de usuários
- Linkedin – 68 milhões de usuários
Esses dados do “Report Brasil 2024”, que integram o relatório e trazem números de janeiro, confirmam a importância da comunicação online e da presença digital. Nesse sentido, a nova regulamentação do CFM, adequou a atividade do médico à realidade do século 21, marcado por avanços tecnológicos acelerados e disruptivos de um mundo cada vez mais digital.
8 mudanças que impactam sua carreira e sua presença digital
Segundo as novas regras da Publicidade Médica o médico, agora, pode:
- Repostar publicações de pacientes
- Publicar vídeos e fotos do consultório, clínica e da equipe
- Publicar resultados comprováveis de procedimentos e tratamentos, mas sem identificar o paciente
- Publicar imagens de antes e depois, desde que respeitadas algumas restrições éticas e de proteção à privacidade da pessoa
- Divulgar valor de consultas, formas de pagamento e convênios
- Divulgar descontos em campanhas promocionais
- Criar e divulgar cursos para pessoas leigas, desde que não induzam a diagnóstico
- Criar e divulgar cursos, consultorias e grupos de trabalho para médico, lembrando que o profissional deve ser inscrito no CRM
REDES SOCIAIS
Pelas novas regras, o CFM entende que as redes sociais próprias do médico e instituições poderá ter objetivo de formar, manter e ampliar clientela, assim como trabalhar conteúdos informativos de valor para a população, conforme preconiza o Código de Ética Médica.
- “São consideradas redes sociais próprias: sites, blogs, Facebook, Twitter, Instagram, YouTube, WhatsApp, Telegram, Sygnal, TikTok, LinkedIn, Threads e quaisquer outros meios similares que vierem a ser criados” (Publicidade Médica, CFM, página 05)
O que você, médico, precisa saber
As redes sociais desempenham um papel significativo na forma como seu paciente percebe você, sua trajetória, competências e qualificações. Então, não perca de vista que um posicionamento digital estratégico pode ser um divisor de águas na sua carreira médica.
Por isso, nunca perca de vista que ao promover seus serviços de forma ética, responsável e transparente você conquista pacientes mais informados. Isso colabora para construir reputação, autoridade e consolida seu nome. Destacamos dois artigos muito importantes da resolução do CFM nesse contexto!
- Art. 7º A publicidade, em redes próprias do médico e de estabelecimentos de natureza médica, tem por objetivo dar ciência à comunidade em geral das competências e qualificações dos médicos e dos ambientes, físicos ou virtuais, onde exercem sua profissão.
- Art. 8º Todos os meios ou canais de comunicação e divulgação de propriedade do médico e estabelecimentos assistenciais médicos são lícitos para a comunicação dos médicos com o público e, salvo prova em contrário, idôneos
DEPOIMENTOS E REPOSTAGEM DE ELOGIOS NAS REDES
Nas novas regras da Publicidade Médica, o profissional pode divulgar depoimentos, assim como repostar publicações de terceiros, inclusive pacientes, entendendo que nesse último a publicação passa a ser considerada do médico ou instituição. Porém, atenção: o CFM adverte para excessos de elogios e para repostagens variadas de um mesmo paciente.
ANTES X DEPOIS E CAPTAÇÃO DE IMAGENS
Fica permitida a divulgação de imagens de procedimentos, desde que tenha caráter exclusivamente educativo, mostrando evolução, inclusive insatisfatória, sem manipulação das imagens no sentido de melhorá-las, preservando a identidade do paciente.
Recomenda-se que a captação das imagens através de vídeos não seja realizada em tempo real como na captação para lives, exceto para parturientes, permitida, desde que seja consentido.
- O CFM estabelece também que quando a imagem for cedida pelo paciente, o médico ou instituição devem obter a autorização de uso. E mesmo que o paciente autorize, não deve ser identificado.
PRESENÇA NA MÍDIA
Em entrevistas, de acordo com as novas regras de Publicidade Médica, o profissional está proibido de usar a presença na mídia para se autopromover, atrair cliente ou divulgar seu endereço físico ou virtual. Além disso, deve declarar-se impedido, se for o caso, em “entrevistas, debates ou qualquer exposição para público leigo a respeito da medicina” frente a possíveis conflitos de interesse.
O médico é também um empreendedor
Com a nova regulamentação sobre Publicidade Médica, o Conselho Federal de Medicina apresenta uma abordagem mais contemporânea e realista da atividade médica. Ou seja, entende que o profissional, que tem consultório ou clínica, é também um empreendedor, e que a prospecção de novos pacientes/clientes faz parte do seu dia a dia.
Reconhecer o médico como empreendedor, como fez o CFM, rompe alguns paradigmas. Esse novo marco normativo da atividade médica vai exigir que você, doutor (a), reveja sua comunicação e aprenda a se posicionar no online de forma estratégica e sempre de acordo com o Código de Ética.
O empreendedorismo médico é uma área desafiadora e dinâmica, já que demanda uma ampla gama de habilidades e competências, além do conhecimento clínico. Ser um médico empreendedor implica cuidar dos pacientes, mas também:
- Gerir um negócio de saúde de forma eficiente e inovadora
- Aprender a se posicionar no digital para se diferenciar também no mercado como profissional de excelência e médico brilhante .
- Entender a importância de construir uma imagem e marca pessoal forte e autêntica.
- Investir no treinamento das secretárias. São elas que têm o primeiro contato com o paciente, assim como são elas que o recebem no consultório.
- Assim sendo, a secretária é como uma agente de relacionamento junto ao paciente, o que vai além de administradar a agenda de consultas do médico.
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